Está programando uma trip para Israel? Então, você não pode deixar de incluir Jerusalém no seu roteiro. Confira guia completo!
Muita gente pensa que a cidade é apenas um destino religioso, mas a verdade é que Jerusalém é um imenso museu a céu aberto e guarda inúmeros lugares inusitados. Eu tinha muito preconceito, achei que não fosse curtir, mas quebrei a cara.. rs Visitar Jerusalém é como atravessar um portal, você volta ao passado!
Separei as melhores dicas pra te ajudar a organizar toda a sua viagem. Onde ficar, como chegar, qual é a melhor época do ano pra visitar, os principais passeios… Guarde esse guia, você vai precisar!
+ Israel: 5 lugares para ficar em Tel Aviv, a capital mais cosmopolita do Oriente Médio
+ Israel: como se locomover em Tel Aviv e Jerusalém
Onde fica
Com 20.700km², Israel é um país pequeno (dá pra percorrê-lo de carro em apenas seis horas) localizado na Ásia, entre a Jordânia, Síria, Palestina, Líbano e o Egito. Entretanto, não se engane pelo seu tamanho. Lá tem deserto, montanhas cobertas de neve, praia… e claro, uma de suas atrações principais, o Mar Morto.
No centro do país está Jerusalém, cidade com mais de três mil anos de história (!!!).
Como chegar
Você vai chegar em Israel pelo Aeroporto Internacional Ben Gurion. O lugar fica entre Tel Aviv e Jerusalém. Então, vale começar a viagem por qualquer uma dessas cidades (eu iniciei por Tel Aviv). Do aeroporto à Jerusalém são 57km.
Pra quem sabe dirigir (não é o meu caso…), vale a pena alugar um carro. As estradas são ótimas, bem sinalizadas e dessa maneira, você terá mais liberdade para circular entre uma cidade e outra (e não fica presa a excursões). Eu fui sozinha, mas fechei passeios diários que saíam de Tel Aviv e Jerusalém com as agências Abraham Tours, Beim Harim, e Rent-a-Guide.
Também rola pegar transfer, ônibus ou trem do aeroporto. O sistema é bem fácil e custa uns 16 shekels (mais ou menos R$20). São 40 minutos de viagem e você pode pegá-lo no terminal 3. Eu fui de bus e achei bem tranquilo!
Qual é a melhor época pra visitar
No verão, a temperatura passa dos 30 graus (é bemmmm calor e você precisa andar o dia todo com um kit de sobrevivência: filtro solar, água e chapéu). No inverno, rola até neve nas áreas montanhosas. Uma época legal de ir é nos meses de setembro, outubro e novembro (outono) ou abril, maio e junho (primavera). Eu fui em agosto, não é ruim, mas o calor ainda estava gritando!
Como é dividida a cidade
Jerusalém é dividida entre a parte antiga e nova. A Cidade Velha é um dos lugares mais sagrados do mundo. Repleta de história, fé e vistas panorâmicas, o local é mágico e possui uma vibração incrível (olha que não sou religiosa!). Possui quatro bairros: Judeu, Árabe, Armênio e Cristão.
Cercada por muros e com diferentes entradas (oito portões principais – o Portão de Jaffa é o mais conhecido), a Cidade Velha guarda algumas das atrações mais famosas de Jerusalém, como o Muro das Lamentações, a Via Sacra e o Santo Sepulcro, a Torre de Davi e o Domo da Rocha.


A Cidade Velha possui quatro bairros: Judeu, Árabe, Armênio e Cristão.
Já na parte nova, a cidade é puro agito. Uma dica bacana é visitar o The First Station, uma antiga estação de trem que foi toda repaginada e, atualmente, abriga vários bares, restaurantes e lojinhas.
Outras duas atrações imperdíveis são o Museu de Israel e o Museu do Holocausto. Eles ficam perto um do outro e você pode combinar os dois em um único passeio.
Onde ficar
Pra quem viaja sozinha (like me), a dica é apostar em hostels. Você sempre conhece gente bacana (além de ser mais em conta!). Nessa minha experiência por Jerusalém eu fiquei no Stay Inn Hostel. Tudo muito limpinho, confortável e com ótima localização! Reserve aqui!
Outro hostel bastante famosinho é o Abraham Hostel (ele também tem em Tel Aviv, aliás, me hospedei por lá enquanto estava na cidade). A pousada é bem animada, cheia de festas, atividades e atrações! Reserve aqui!
A terceira opção fica por conta do Cinema Hostel. Conheci vários mochileiros que se hospedaram lá e amaram a experiência. Também é bem localizado, fica no burburinho e conta com inúmeras atividades. Reserve aqui!
Veja aqui mais hospedagens em Jerusalém
O que fazer em Jerusalém (principais pontos turísticos)
1 – Torre do Museu de Davi
Se você acessou a Cidade Velha pelo Portão de Jaffa, comece o seu passeio pela Torre do Museu de Davi. Suba até o topo para ter um visual panorâmico da cidade!
À noite também rola um programa legal ali. É o The Night Spectacular. As paredes do forte da Cidade de David servem como “telas” para a exibição da história da cidade através de imagens em realidade virtual. A apresentação é ao ar livre e dura 45 minutos. Saiba mais aqui!


Torre de Davi (Foto: Go Israel)
2 – Muro das Lamentações
Sem dúvida, a atração principal de Jerusalém. Localizada dentro da Cidade Velha, o muro é sagrado por ser a área mais próxima do antigo Templo de Jerusalém, que foi destruído em 70a.C pelos romanos. Eu senti uma energia incrível, não consegui segurar as lágrimas.. sério, nem sei como explicar. Coloquei até meu bilhetinho no muro (logo na entrada, tem uma mesa com papel e caneta pra vc escrever o que quiser).
E por que se chama Muro das Lamentações?
A parede, formada por pedras de calcário, é o que restou do chamado Segundo Templo de Jerusalém, na capital judaica, no lugar do original Templo de Salomão. No ano 70 d.C, ele foi destruído pelo general romano Tito. Jerusalém foi incendiada e, do templo, sobrou apenas o Muro. O general teria deixado a parede de pé para que o povo judeu não se esquecesse de que Roma vencera a guerra — daí a expressão Muro das Lamentações.
Existe, ainda, uma segunda versão. Ele leva esse nome por conta da reza dos judeus, que lembra “lamentações”.
Dica: visite os Túneis do Muro das Lamentações. A experiência é sensacional (ok, meio claustrofóbico tb). Você anda por baixo de tudoo! Para fazer esse passeio, é obrigatório a presença de um guia.


Muro das Lamentações (Foto: Renata Telles)
3 – Parque Arqueológico de Jerusalém
Ali ficava o Primeiro e o Segundo Templo de Jerusalém, poucos metros após o Muro das Lamentações, é um dos sítios arqueológicos mais importantes do país. Fiquei imaginando como era aquilo antigamente… É tudo tão incrível, vibrante, impossível não sentir algo.


Parque Arqueológico de Jerusalém (Foto: Go Israel)
4 – Santo Sepulcro e Via Sacra
A Igreja de Santo Sepulcro, também conhecida como Igreja da Ressurreição, é o lugar mais sagrado do mundo para o cristianismo. Eles afirmam que ali Jesus foi crucificado, e enterrado. Ele também teria ressuscitado neste local.
Por lá você vai ver ainda uma pedra retangular onde, segundo a tradição, esteve o corpo de Jesus, a escada que dá acesso ao Calvário, o local da crucificação e também uma gruta, onde dizem ter sido enterrado o corpo de Jesus, antes de sua ressurreição. Tenha paciência com as filas (esperei duas horas…. e fiquei muita puta quando uma excursão de 200 espanhóis passaram a nossa frente na companhia de padres… Pagou, entrou mais rápido.. Cristianismo sendo cristianismo. Tudo virou um verdadeiro negócio… Mas respirei fundo e aguentei firme. Já estava ali e sabia que não voltaria mais)


Igreja de Santo Sepulcro (Foto: Renata Telles)
Já a Via Sacra, outro grande símbolo para o cristianismo, é o nome dado ao caminho que Jesus percorreu com a cruz, desde onde foi condenado à morte, até o local de sua crucificação (tô tão entendida do assunto agora… ) O trajeto soma 600 metros e é marcado por 14 estações – cada uma representando um acontecimento, como as suas três quedas, o encontro com sua mãe Maria e o momento que tiram sua roupa para levá-lo até a cruz. Confesso, pulei algumas estações. Se anda DEMAIS na Cidade Velha, debaixo de um calor de 35 graus, e minha viagem não tinha foco religioso.
5 – Domo da Rocha
A Cúpula da Rocha ou o Domo da Rocha (essa enorme cúpula dourada da foto) é considerada uma das obras da arquitetura mais belas do mundo, além de ser um dos lugares mais sagrados para o islamismo.
Foi construída sobre uma rocha, onde os muçulmanos acreditam ser o local da ascensão de Maomé aos céus. Pra entrar lá, há horários específicos e você também precisa ficar numa fila. Demorou uns 30 minutos…


Domo da Rocha (Foto: Renata Telles)
Não é possível conhecer a parte interna da mesquita (só entram muçulmanos), entretanto, você consegue percorrer a área do lado de fora. Dica: os seguranças são muito chatos, tire a sua foto e caia fora. Fui com uma amiga mexicana e quando ela, simplesmente, cruzou as mãos, um deles veio pra cima dela gritando: “Não reze aqui, é um desrespeito com os muçulmanos. Não queremos outra religião aqui”. Acontece que ela não estava rezando, apenas cruzou as mãos. Surreal. Também não feche os olhos por muito tempo ou eles pensam que estão orando.
Atenção: Você não pode mostrar o colo, pernas, braços e nenhuma tatuagem. Na porta, você passa por uma “avaliação” e se não estiver com roupas adequadas, precisa usar as blusas e calças que eles fornecem.
6 – Museu do Holocausto
O Museu Yad Vashem ou Museu do Holocausto é um projeto que começou em 1953, mas só foi aberto ao público em 2005, com o objetivo de homenagear as vítimas do holocausto e documentar a história do povo judeu.
É o maior museu do holocausto do mundo, dividido em 9 galerias. Nelas há fotos, documentos, filmes e objetos pessoais desse evento traumático da história mundial. No final, há o Hall dos Nomes, um memorial com mais de três milhões de nomes de vítimas do holocausto.
Para mais infos: www.yadvashem.org


Museu do Holocausto (Foto: yadvashem.org)
7 – Museu de Israel
O museu nacional do país guarda grandes tesouros e o patrimônio arqueológico bíblico mais extenso do mundo. Não deixe de visitar o Santuário do Livro (ali estão os famosos Pergaminhos do Mar Morto). O jardim também é belíssimo!
Para mais infos: www.imjnet.org.il


Museu de Israel (Foto: Divulgação)
8 – Monte das Oliveiras
Localizado há cerca de 20 minutos da Cidade Velha, o Monte das Oliveiras oferece um visual espetacular de Jerusalém. O monte recebeu esse nome por conta das oliveiras que antigamente cobriam suas encostas.
O lugar é sagrado para os judeus, cristãos e muçulmanos. Segundo a Bíblia, ali teria sido transmitido alguns dos principais ensinamentos de Jesus. Já para os judeus, o Monte é o local por onde Deus começará a redimir os mortos quando o Messias chegar.
No Monte também está o Jardim de Getsemâni (até hoje existem oliveiras antigas, de aproximadamente 2.000 anos!).
Visitei o local no fim da tarde para pegar o sunset. Realmente espetacular! Mas saí de lá à noite e, apesar de seguro, fiquei receosa de descer tudo aquilo sozinha, no escuro.


Monte das Oliveiras (Foto: Renata Telles)
Onde comer
Mercado Mahane Yehuda
Não saia de Jerusalém sem percorrer o mercado mais tradicional da cidade. Você vai ficar fascinada com as cores, sabores e aromas do lugar. Experimente o hummus, salgados, cervejas artesanais, etc. É de sair rolando (rs).
Pra quem curte uma boa comilança, é possível comprar um cartão que te dá 6 cupons de “petiscos”. Você tem direito a provar comidas e bebidas típicas. Custa apenas 99 NI (shekels).
Para saber mais: www.machne.co.il
Outra alternativa é fechar um passeio de duas horas com degustação de comidas pelo mercado com o site Get Your Guide. Eu sou suspeita pra falar porque amoooo ele. Dá pra reservar passeios incríveis por vários países. Reserve aqui!
Ben Yehuda Street
Essa rua é cheia de bares, lojas e restaurantes. Alguns estabelecimentos ficam abertos até meia-noite. Eu comi um falafel deli no Moshiko. Alguns passos adiante, você encontra uma sorveteria com zilhões de sabores diferentes (sorry, esqueci o nome… rs)
First Station
A antiga estação de trem virou um lugar moderninho com feirinha de artesanato, bares, restaurantes e shows. Vale dar uma passada no lugar, muito frequentado pela população local.
Chip de internet para usar em Israel
Fique conectada durante toda a sua trip! Eu não viajo mais sem meu chip da Yes Brasil. Eu comprei pelo site Viaje Conectado, recebi em casa alguns dias antes do meu embarque e fiz a troca assim que pisei em Israel. Prontinho!
O chip é de uma operadora local, ou seja, funcionou em todas as cidades do país. Ter internet no cel não significa apenas poder postar fotos no Instagram. Consegui manter contato com a family e amigos, me localizar, achar lugares interessantes pra visitar, tirar dúvidas, conferir reservas de hoteis…
Leia mais:
+ Chip de internet para viagens: vale a pena? O site Viaje Conectado é seguro?
+ Dicas infalíveis para viajar barato
+ Conheça os melhores aplicativos para economizar na sua viagem
Show de bola,
Adorei suas dicas.
[…] locomover em Tel Aviv e Jerusalém é bem tranquilo e você pode escolher entre alugar um carro, usar o transporte público, andar de […]
Nossa, que viagem bacana! Sabe que Israel nunca esteve no meu radar, mas vendo esse post eu sei que seria uma viagem para mudar a minja vida.
Imagine o que é estar no Museu do Holocausto!
Nossa.. Jerusalém é um daqueles lugares que sempre me dá um comichão para conhecer! Deve ser encantador e tão cheio de história mesmo! Do que você mais gostou? quanto tempo você recomenda para conhecer com calma a cidade?
Nossa que demais esse seu post de Jerusalem. Realmente o guia está bem completo e com tudo que precisamos pra fazer essa viagem fantástica. Israel é um dos meus sonhos e agora só estou com mais vontade de visitar.
Oie, eu estou querendo visitar ano que vem e o seu post veio em ótima hora. Tenho algumas dúvidas, como:
1- como foi viajar sozinha?
2- o hostel era seguro? vale a economia do que iria pagar em um hotel maior, com café da manhã?
3- precisa contratar agência local? o seu contrato foi direto com eles ou teve uma agência brasileira intermediando os pacotes?
Olá, excelente seu post sobre Israel! Tenho muita vontade de fazer uma trip pelo Oriente e já vou salvar suas dicas! Você poderia me esclarecer algumas dúvidas: dá para fazer a viagem sem agência e sem guia? Quanto tempo você recomenda em Jerusalém e quais outras cidades próximas que você indicaria para combinar numa única viagem?
Renata, eu adoro os seus posts. Sempre muito completos e com todas as informações que a gente precisa. Eu não sabia que Jerusalém era tão pertinho de Tel Aviv. Quantos dias são necessários para conhecer Jerusalém? E senão for abusar, quantos dias para fazer todo o roteiro por Israel?
Renata, eu adoro os seus posts. Sempre muito completos e com todas as informações que a gente precisa. Eu não sabia que Jerusalém era tão pertinho de Tel Aviv. Quantos dias são necessários para conhecer Jerusalém? E senão for abusar, quantos dias para fazer todo o roteiro por Israel?
[…] juntei tudo que vi e vivi em um guia completo, que passa desde a cosmopolita Tel Aviv à religiosa Jerusalém, sem esquecer de cidades charmosas como Haifa, a paradisíaca Eilat e a fascinante […]