Vou começar o blog com uma viagem bem zen: Chapada Diamantina, na Bahia. Um lugar tão pertinho da gente, mas que nem sempre damos tanto valor. Eu pelo menos não dava… Pensava: hummm.. não conseguirei fazer trilhas, não sou esportista, só tem cachoeira lá, entre mil motivos idiotas para não ir.

Até que decidi encarar o desafio. Precisava descansar, desestressar e voltar à selva de pedra renovada. Comprei uma passagem de 200 mangos (isso mesmo!) para Salvador e de lá peguei um teco-teco até Lençóis. Na chegada ao aeroporto, procure dividir um taxi com outros passageiros. Tudo é pequeno, não tem mistério. Paguei R$25, se fosse sozinha gastaria pelo menos R$90.

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Chegandooo na Chapada!!!

Mas chega de bla, bla, bla né! Vamos ao que interessa: o que não perder na Chapada! Haaa já ia me esquecendo, uma dica importantíssima!! Comece o roteiro com trilhas medianas, depois arrisque algo mais longo e deixe para os últimos dias os passeios lights (você já estará esgotada e com dor no corpo todo, aí é só curtir as cachoeiras em torno de Lençóis, que requerem caminhadas leves).

1 – Morro do Pai Inácio – O cartal postal da Chapada! Fiz no meu primeiro dia. Para subir até o cume bastam 20 minutos de caminhada. Do alto você curte um visual deslumbrante. Deixe pra subir mais no fim da tarde! Vc terá um superbrinde: o pôr-do-sol 🙂

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Fim de tarde no Morro do Pai Inácio

2 – Gruta da Pratinha – Peguei uma pequena trilha para chegar até ela (onde brota um rio de água azul). Na parte da gruta, você paga cerca de R$15 e aluga um snorkel (é possivel ver formações rochosas e peixes). Eu preferi ficar do outro lado do rio descansado. Is up to you!

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Gruta da Pratinha

3 – Rio Mucugezinho e Poço do Diabo – dá para fazer os dois passeios juntos. O rio dá origem a diversos poços, entre eles, o do Diabo, com 20 metros de queda d’água. Você chega em 20 minutos de caminhada. Logo abaixo há uma pedra com 22 metros de altura onde pratica-se rapel. Dá pra mergulhar? simmm!! E por quê então tem esse nome macabro? Segundo os guias locais, havia uma superstição… Quem caía na garganta da cachoeira só aparecia no poço no dia seguinte. Há ainda uma segunda versão: Dizem que os senhores jogavam os escravos que os desobedeciam lá embaixo… 🙁

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Poço do Diabo

4 – Cachoeira da Fumaça – olha, não vou mentir.. Foi um desafio chegar até ela, ainda mais que não sou atleta. Mas dá pra chegar! São 6km (2horas de caminhada!) em um terreno cheio de pedras e íngreme. Mas vá apreciando as diferentes espécies de plantas, medite, cante…. rs No fim dá tudo certo e quando estiver láaa no alto vai dizer a si mesma: valeu a pena! Ela tem 340 metros e é a segunda maior do Brasil!!! É tão alta que a água não chega até o chão e evapora, formando uma espécie de fumaça.

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Depois de 2 horas andando, descanso e meditação na Cachoeira da Fumaça

5 – Cachoeira do Buracão – Incrível e sem dúvida a minha preferida!!!

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Cachoeira do Buracão: você pode nadar até lá ou atravessar se segurando nos paredões. As duas opções são tranquilas

Mas Renata, e o Poço Azul? Eu deixei de fora pq aquela cor linda azul não é algo assim tão fácil de encontrar. Você precisa visitar o local de fevereiro a outubro, das 13h30 às 14h30. Eu viajei em outubro e o tempo não estava colaborando… Ia chegar lá e ver uma gruta escura… 🙁

Dica: Parece óbvio, mas não custa lembrar: leve em sua mochila pelo menos 2 litros de água, frutas, comida, boné e repelente em TODAS as trilhas. Muitas delas não tem estruturas (lanchonetes, etc..). Haaa, não fiz esses passeios sozinha, contratei um guia local para ter mais segurança. Superaconselhável! 😉